quarta-feira, 20 de maio de 2009

Marilyn Monroe

Marilyn Monroe nasceu no dia 1 de Julho de 1926, em Los Angeles, sendo o seu nome completo Norma Jean Mortenson.
A sua mãe é internada, ainda bastante jovem, num hospício, devido a problemas do foro psiquiátrico, por isso, Norma passa grande parte da sua infância em orfanatos e casas de acolhimento.
Casa-se em 1942 com Jimmy Dougherthy e, em 1944, começa a tirar fotografias para a revista Yank, tornando-se, em 2 anos, uma respeitável modelo fotográfica. Começa depois a trabalhar em teatro, divorciando-se do marido e assinando o seu 1º contrato com a Twentieth Century Fox em 1946.
É então que Norma Jean Baker começa a pintar o cabelo de loiro e muda o seu nome para Marilyn Monroe.
Marilyn Monroe participou em vários filmes e personificou o glamour de Hollywod com um incomparável brilho e energia que encantaram o mundo. Dominou a Era das grandes estrelas e, sem dúvida, foi a mulher mais famosa do século 20. Durante o estrelato, Marilyn casa-se e divorcia-se mais duas vezes.
As constantes depressões de que a actriz sofria, devidas aos seus problemas pessoais, à grande pressão do assédio do público e aos ataques da crítica, levaram-na a desenvolver uma dependência de álcool e drogas, tendo sido internada várias vezes em clínicas psiquiátricas.
Morre em 5 de Agosto de 1962, devido a uma overdose de tranquilizantes.

Celebridade de Mês - MARILYN MONROE

A nova cartolina de Celebridade do Mês já está afixada.
A celebridade de Maio é Marilyn Monroe, uma das mais glamorosas personalidaes de Hollywoowd de sempre.
Pedimos a todos que dispensem um pouco do seu tempo quando passarem pelo 1º piso para darem uma espreitadela à celebridade deste mês, que será a última que faremos no âmbito deste trabalho.


Obrigada.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

SEGREDOS INTRA-CRANIANOS - A nossa mente ao Espelho (vídeo introdutório)

Para quem não assistiu à nossa palestra no passado dia 30 de Abril e não teve oportunidade de ver, aqui está o vídeo (feito por nós) utilizado como introdução da mesma.

Como podem ver, no vídeo são colocadas várias questões importantes acerca das Doenças do Foro Psiquiátrico.

Iniciamos aqui o debate. Dêem-nos a vossa opinião.

Obrigada.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Recolocação das cartolinas

As cartolinas da "Celebridade do Mês" (Fernando Pessoa) e da "Doença da Quinzena" (Narcolepsia) já estão colocadas no seu habitual placar no 1º andar.
Pedimos a todos que dispensem um pouco do seu tempo, quando passarem pelo 1º andar, para darem uma olhadela ao nosso trabalho.
Obrigada.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Narcolepsia

A narcolepsia é um distúrbio pouco frequente do sono, que se caracteriza por crises de sono durante as horas normais de vigília. O doente narcoléptico não tem controlo sobre o seu ritmo sono/vigília, pelo que é muito difícil, ou mesmo impossível, evitar adormecer subitamente.

A causa desta doença prende-se com um défice de produção de alguns neurotransmissores. Embora a narcolepsia não tenha consequências graves para a saúde, pode produzir um sentimento de temor e aumentar o risco de acidentes.

O doente desperta do sono narcoléptico com a mesma facilidade que no sono normal. Podem verificar-se uma ou várias crises por dia e é habitual que cada uma delas se prolongue durante uma hora ou menos. É mais provável que as crises ocorram em situações monótonas, como em reuniões aborrecidas ou na condução prolongada em auto-estradas. O indivíduo pode sentir-se bem ao acordar e, no entanto, pode voltar a adormecer poucos minutos depois.

Doença da Quinzena - NARCOLEPSIA

A nova cartolina da Doença da Quinzena já está exposta.
A doença desta quinzena é a Narcolepsia.

Tal como aconteceu com a cartolina da Celebridade do Mês, a Doença da Quinzena não está exposta no seu habitual placar, mas sim na parede, de modo que não pudémos colocar também a habitual caixa das avaliações da actividade.

Pedimos a todos que dispensem um pouco do seu tempo quando passarem pelo 1º piso para darem uma espreitadela à cartolina da doença desta quinzena.
Obrigada.

Palestra realizada com sucesso

Como sabem, no dia 30 de Abril, passada 5ª feira, o nosso grupo organizou uma palestra subordinada ao tema "SEGREDOS INTRA-CRANIANOS - A nossa mente ao Espelho" com os palestrantes Dr. Jorge Humberto Silva (Chefe de Serviço de Psiquiatria da Carreira Médica Hospitalar e Director do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital de S. Teotónio em Viseu) e Dr.ª Tânia Casanova (Psiquiatra Especialista em Perturbações do Comportamento Alimentar), aos quais estamos extremamente gratos por se terem disponibilizado a vir à nossa escola falar um pouco deste tema.
Queremos também agradecer a presença de todos os alunos, professores, psicóloga da escola e aos elementos de associações e lares da 3ª idade.

Esperamos que tenham gostado e que tenha sido uma experiência enriquecedora para todos.

O nosso muito obrigado.



Mais tarde, publicaremos também outros materiais documentadores desta actividade.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

SEGREDOS INTRA-CRANIANOS - A nossa mente ao Espelho

(Clique na imagem para aumentar.)

Celebridade do Mês - FERNANDO PESSOA

A nova cartolina de Celebridade do Mês já está afixada.
A celebridade de Abril é Fernando Pessoa, um dos melhores escritores portugueses de sempre.
Pedimos a todos que dispensem um pouco do seu tempo quando passarem pelo 1º piso para darem uma espreitadela à celebridade deste mês.
Desculpamo-nos pelo atraso (a cartolina deveria ter sido afixada a 22 de Abril) mas, devido aos trabalhos alusivos ao 25 de Abril, tivemos de ceder o nosso placar habitual.
A cartolina está colada na parede do 1º piso, perto do Auditório.

Devido à falta do placar, também não nos foi possível colocar perto da cartolina a habitual caixa das avaliações.
Obrigada.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Fernando Pessoa

Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa, a 13 de Junho de 1888 e morreu, de cólica hepática, na mesma cidade, a 30 de Novembro de 1935.
Poeta e escritor português, Pessoa é um dos maiores poetas de Língua Portuguesa, sendo o seu valor literário comparável ao de Camões. É considerado um dos poetas mais representativos do século XX.
Teve uma vida discreta, trabalhando ao nível do jornalismo, da publicidade, do comércio e, principalmente, da literatura, onde se desdobrou em várias outras personalidades conhecidas como heterónimos (Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Bernardo Soares, entre outros).
A figura enigmática em que se tornou é a razão de grande parte dos estudos sobre a sua vida e obra, além do facto de ser o centro irradiador da heteronímia, auto-denominando o autor um "drama em gente".
Esta questão dos heterónimos (autores fictícios que possuem personalidade própria), foi estudada por diversas entidades, incluindo o próprio poeta, que se auto-diagnosticou como sofrendo de um tipo de histeria, a Histeroneurastenia, doença do foro psiquiátrico que, segundo Pessoa, constituiria a origem orgânica dos seus heterónimos.
A condição psiquiátrica de Pessoa explica certamente a origem dos heterónimos, mas não foi Pessoa que criou esta condição, antes sofria dela e os heterónimos foram um escape criativo para lidar com o fraccionamento da sua personalidade.

Estudos mais recentes feitos por médicos psiquiatras, baseados, principalmente, em textos do poeta, diagnosticam Pessoa com uma esquizofrenia mista, com sintomas especiais de paranóia, desmultiplicação da personalidade, fobias e insónias.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Parkinson

A doença de Parkinson, ou mal de Parkinson, é caracterizada por uma desordem progressiva do movimento, devido à disfunção dos neurónios secretores de dopamina. No entanto, ainda não se sabe ao certo o que leva a esta alteração.
Os principais sintomas são os tremores de repouso, lentidão de movimentos, postura encurvada para a frente, havendo também prejuízos cognitivos.
Esta doença tende a progredir ao longo de 10 a 25 anos após o surgimento dos sintomas. Os pacientes, devido à importância da dopamina para o humor, ficam mais susceptíveis a depressões.
O Parkinson é incurável e as terapias desenvolvidas visam melhorar os sintomas e retardar a progressão, melhorando as forças musculares, coordenação motora, equilíbrio.

Doença da Quinzena - PARKINSON

A nova cartolina da Doença da Quinzena já está exposta.
A doença desta quinzena é o Parkinson.
Pedimos a todos que dispensem um pouco do seu tempo quando passarem pelo 1º piso para darem uma espreitadela à doença desta quinzena.
Não se esqueçam de avaliar o nosso trabalho de 1 a 5 e inserir a vossa avaliação na caixa de cartolina azul, que está à direita da Doença da Quinzena.

Obrigada.

Mary-Kate Olsen

Mary-Kate Olsen é, tal como a sua irmã gémea, Ashley Olsen, uma bem sucedida actriz, empresária e estilista americana. As gémeas Olsen são bastante famosas pelos trabalhos cinematográficos que fizeram enquanto crianças (começaram as suas carreiras como actrizes apenas com 9 meses de idade), por serem grandes ícones da moda actual, pela sua grande fortuna (avaliada em 410 milhões de dólares) e pela magreza extrema que ambas partilham.
Apesar da família afirmar que Mary-Kate já apresentava o problema há mais de 2 anos, apenas em Julho de 2004, e com apenas 18 anos de idade, a actriz foi diagnosticada com anorexia nervosa e internada durante 6 semanas na clínica de reabilitação “Cirque Lodge”, no Utah. Tendo, a seu pedido, após esse período, continuado o tratamento em casa.
Mais tarde, voltou a ser internada com problemas renais, indicadores de uma possível recaída, negada pela actriz.
Durante a manifestação mais forte da doença, Mary-Kate chegou a pesar menos de 34kg.
Apesar de ter afirmado que a doença quase a fez desistir da vida, levando-a perto do suicídio, a actriz acredita estar totalmente curada e considera-se um exemplo de luta a seguir por todas as pessoas que sofrem de anorexia e estão a tentar vencê-la.

Celebridade do Mês - MARY-KATE OLSEN

A nova cartolina de Celebridade do Mês já está afixada.
A celebridade de Março é Mary-Kate Olsen, uma das famosas gémeas Olsen.
Pedimos a todos que dispensem um pouco do seu tempo quando passarem pelo 1º piso para darem uma espreitadela à celebridade deste mês.
Já sabem que, à esquerda da Celebridade do Mês, está colocada uma pequena caixa de cartolina azul, na qual poderão inserir um pedaço de papel em que avaliem esta actividade de 1 a 5.

Obrigada.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Depressão (Associação Encontrar+se)

Depressão


A depressão é uma doença caracterizada por humor persistentemente rebaixado apresentando-se como tristeza e redução da capacidade de sentir satisfação ou vivenciar prazer.
Acredita-se que as causas desta doença se prendam com factores como a genética, alimentação, stress, estilo de vida, drogas, entre outros.
Sabe-se hoje que a depressão é associada a um desequilíbrio em certas substâncias químicas no cérebro e que os principais medicamentos anti-depressivos têm por função principal agir no restabelecimento dos níveis normais destas substâncias, principalmente a serotonina.
Para além da medicação, existem outros tratamentos como a psicoterapia ou a electroconvulsoterapia.

Estima-se que 16% da população mundial tenha tido depressão pelo menos uma vez na vida.

Doença da Quinzena - DEPRESSÃO

A nova cartolina da Doença da Quinzena já está exposta.
A doença desta quinzena é a Depressão.
Pedimos a todos que dispensem um pouco do seu tempo quando passarem pelo 1º piso para darem uma espreitadela à doença desta quinzena.
Não se esqueçam de avaliar o nosso trabalho de 1 a 5 (com alguma seriedade, por favor) e inserir a vossa avaliação na caixa de cartolina azul, que está à direita da Doença da Quinzena.
Obrigada.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Britney Spears desaparecida

Hoje, entre as 15:45h e as 17:15h, a nossa cartolina da Celebridade do Mês de Fevereiro, Britney Spears, desapareceu, sem deixar rasto, do seu placar no 1º andar da nossa escola.
As causas deste misterioso desaparecimento permanecem ainda desconhecidas, pois não conseguimos entender para o que é que alguém quereria uma cartolina usada, perfurada por pioneses em, pelo menos, 4 lugares diferentes e já um pouco maltratada. Mas, algumas das nossas suspeitas mais prováveis, recaiem na possibilidade de alguém ter decidido que gostava tanto do nosso trabalho, que não poderia viver, nem mais um dia da sua vida, sem olhar para ele todas as manhãs, ou, o facto de Britney Spears se tratar de uma estrela muito ocupada, forçou-a a deixar apressadamente da nossa escola.

Outras sugestões?

Ajuda-nos a desvendar este mistério.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Britney Spears

Esta celebridade dispensa apresentações. Todos nós conhecemos a chamada “Princesa a Pop” e também já ouvimos falar dos vários escândalos em que esta esteve envolvida recentemente. Há rumores de que o seu comportamento se devia ao consumo de drogas, no entanto, existe uma explicação psiquiátrica para alguns dos seus mais recentes e chocantes comportamentos.
Britney Spears foi diagnosticada recentemente com um distúrbio bipolar ligado a depressões e a tendências suicidas. De facto, esta desordem comportamental tornou-se o principal argumento do seu ex-marido, Kevin Federline na disputa pela custódia dos filhos, após o seu divórcio.
A sua doença levou Britney Spears a ser internada já algumas vezes em diferentes hospitais psiquiátricos, nomeadamente no Hospital Psiquiátrico de Los Angeles, tendo-se evadido, pelo menos, uma vez. Existe também um rumor mais recente que indica a possibilidade da cantora sofrer também de distúrbios alimentares de foro psiquiátrico.
Obrigada.

Celebridade do Mês - BRITNEY SPEARS

A nova cartolina de Celebridade do Mês já está afixada.
A celebridade de Fevereiro é a famosa cantora pop, Britney Spears.
Pedimos a todos que dispensem um pouco do seu tempo quando passarem pelo 1º piso para darem uma espreitadela à celebridade deste mês.
Já sabem que, à esquerda da Celebridade do Mês, está colocada uma pequena caixa de cartolina azul, na qual poderão inserir um pedaço de papel em que avaliem esta actividade de 1 a 5.
Obrigada.

Bipolaridade

A bipolaridade é caracterizada por variações extremas de humor, com fases maníacas, de hiperactividade e grande imaginação, intercaladas com fases de depressão e inibição, ansiedade e tristeza.

O aparecimento desta doença pode estar relacionada com factores genéticos bem como com factores sociais.

Não existe cura para a bipolaridade mas existem tratamentos, nomeadamente medicamentos à base de carbonato de lítio, sem dispensar acompanhamento psicológico por um profissional.
No entanto, os doentes tendem a querer interromper a terapia medicamentosa, o que normalmente leva a uma intensificação das fases de humor opostas.

Muitos doentes bipolares se destacaram, especialmente na área das artes como por exemplo, Van Gogh, Schumman e Mozart. Está praticamente confirmado que a cantora pop, Britney Spears, também sofre desta doença.

Doença da Quinzena - BIPOLARIDADE

A nova cartolina da Doença da Quinzena já está exposta.
A doença desta quinzena é a Bipolaridade.
Pedimos a todos que dispensem um pouco do seu tempo quando passarem pelo 1º piso para darem uma espreitadela à doença desta quinzena.
Não se esqueçam de avaliar o nosso trabalho de 1 a 5 (com alguma seriedade, por favor) e inserir a vossa avaliação na caixa de cartolina azul, que está à direita da Doença da Quinzena. Obrigada.

Notícia do Jornal de Notícias (16 de Fevereiro de 2009)

(clica na imagem para aumentar)

Entrevista ao Sr. Dr. Jorge Humberto, Director do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital de S. Teotónio (Viseu)

(15 de Janeiro de 2009, Instalações do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital de S. Teotónio de Viseu - Abraveses)
1 - Há quantos anos está este estabelecimento a funcionar?

Dr.: Este estabelecimento está a funcionar desde 1971, muito pouco parecido com o que está agora. Isto é, em 1971 isto era o Centro de Saúde Mental de Viseu, que representa as instalações que vocês viram hoje. Desde determinada altura este Centro de Saúde Mental teve algumas mudanças, nomeadamente, a sua integração, em 1992, como Departamento de Psiquiatria do Hospital de Viseu. Portanto, tudo o que aqui está e que vocês podem ver, pertence ao Hospital de Viseu, nomeadamente alguns dos nossos serviços que funcionam lá em baixo, como o serviço de urgência e outros serviços de Psiquiatria de ligação, outro tipo de áreas de intervenção. É um serviço que se iniciou em termos de serviço fixo, de estrutura física aqui presente em 1971. Anteriormente havia um serviço que se chamava Brigadas da Ciência Psiquiátrica que eram equipas de médicos de Coimbra que vinham para esta zona toda e que faziam regressão, não havia internamento. Em 1971 é que surge como o espaço que aqui está hoje.

2 - Quantos doentes, aproximadamente estão internados neste hospital?

Dr.: Nós temos 44 camas – 22 de homens e 22 de mulheres. Posso dizer que de momento a enfermaria de mulheres está cheia (havia uma vaga há pouco) e a enfermaria de homens tinha 6 vagas, por isso podem fazer contas. Devemos estar com trinta e tal doentes/ perto de quarenta doentes internados de momento.

3 - Quais são as doenças mais frequentes?

Dr.: É uma pergunta um pouco aberta. No internamento, normalmente os doentes têm doenças graves. A maior parte das doenças, com o apoio de ambulatório feito por equipes nossas e a medicação de hoje, deixam de carecer de internamento.
Normalmente os doentes que têm de ser internados são aqueles que têm doenças graves. Hoje, maior parte das doenças, com as medicações e o apoio ambulatório, o apoio da comunidade, feitos por equipas nossas, deixam de carecer de internamento. Normalmente são as doenças psicóticas, em termos gerais, tais como: esquizofrenias descompensadas, doenças/perturbações bipolares, também descompensadas, seja sob a forma de episódios/fase de mania, seja sob a forma de depressão grave; são também as depressões graves, muitas vezes associadas a ideias de suicídio e comportamentos suicidários. O grande núcleo de doentes internados passa por estas patologias, apesar de haver outras.

4 - Quanto tempo, em média, ficam internados os pacientes?

Dr.: Neste momento, de acordo com as estatísticas do ano passado, um doente está aqui cerca de 23/24 dias internado. Antigamente, estavam mais tempo mas, com o apoio de ambulatório, é esta a média que temos.

5 - Houve uma grande mudança na abordagem destes doentes ao longo do tempo?

Dr.: Obviamente. Primeiro, se olharmos para a história e nos lembrarmos da Revolução Francesa e do aparecimento dos Direitos Humanos, houve um senhor chamado Philippe Pinel, o qual se considera ter feito a primeira grande revolução psiquiátrica, que libertou os doentes mentais, que viviam em condições extremamente degradantes, das cárceres que havia em França [mais propriamente Paris]. Havia uma mistura de criminosos com doentes mentais, indivíduos que viviam na miséria. Foi ele quem primeiro procurou separar as coisas - procurou separar uma pessoa com uma doença mental e queria até algo a que ele chama "apoio moral" que era uma forma de abordagem destes doentes, com um determinado tipo de apoio, um determinado tipo de actividades, um determinado tipo de tratamentos que se fazia. Se quisermos olhar para a perspectiva histórica, este foi o primeiro passo.
Mais tarde, começam a surgir por toda a Europa hospitais ligados ao tratamento da doença mental. É um facto que estes hospitais não começaram na Europa mas sobretudo nos países islâmicos. Há uma cultura médica islâmica que envolve a noção de doença mental previamente a essa concepção na Europa. Mais recentemente, há uma grande revolução na saúde mental que podemos situar próximo dos anos 60, que é o aparecimento dos medicamentos, o aparecimento dos psicofármacos. Até aí não havia qualquer tipo de abordagem que não de natureza física. É ai que surgem os primeiros medicamentos que podem ser usados com sucesso no tratamento destas doenças. Desde aí há uma evolução fabulosa devido à extraordinária inovação na área do medicamento, tal como noutras áreas da medicina e, hoje em dia, temos uma capacidade de intervenção, a nível medicamentoso, nas patologias mentais gigantesca. Portanto há uma franca evolução.
Para além dessa abordagem medicamentosa há também outras técnicas de abordagem relacionadas com a divulgação, por um lado, a divulgação dos problemas de saúde mental e a revolução do estigma associado ao doente mental porque a doença mental não se palpa, não se lhe consegue fazer um exame complementar, um TAC, um raio X que mostre uma doença mental, que essencialmente envolvem comportamentos, por vezes, socialmente incómodos e que são perturbadores. Há uma certa dificuldade por parte das pessoas em lidarem com um doente mental e, portanto, quanto mais informação melhor, pois a informação/divulgação das patologias mentais tira-lhes um pouco o medo que advém da ignorância - quando não se conhece não se lida tão bem, quando se conhece já se lida melhor.
Além disso, há abordagens a nível da psicoterapêutica, que evoluíram muito e com boas estratégias de intervenção. Hoje em dia, a doença mental não é só vista como uma doença em que só é preciso tomar uns medicamentos, mas também é preciso intervir na vida do doente, das suas capacidades de adaptação, de funcionamento social, emocional. Há uma noção gigantesca na abordagem de doença mental.

6 - Existe algum tipo de abordagem no tratamento de doenças mentais, utilizadas outrora, que actualmente tenha sido posta de parte? Pode dar-nos alguns exemplos?

Dr.: Sim. Havia algumas abordagens físicas que, se calhar, são um pouco complexas de explicar neste momento, que foram postas de lado. Já para não falar de certas abordagens, utilizadas num passado não muito longínquo, punitivas em relação ao doente. Havia outras abordagens como o choque insulínico ou a inoculação do paludismo, em que se procurava criar uma doença médica [não psiquiátrica] pensando que iria melhorar a doença mental. Há uma abordagem, a eletroconvulsoterapia, mais conhecida por electro-choque, que é uma abordagem que em termos leigos é muito dramatizada, pois dá um aspecto negativo, na medida em que os doentes eram sujeitos a uma corrente eléctrica, sendo produzida uma convulsão. Essa abordagem foi inclusivamente retratada num filme chamado "Voando Sobre um Ninho de Cucos" e que gerou limitações ao uso desse tipo de técnica.
O que podemos dizer hoje em dia, com a evolução desta técnica, em termos de adaptação, de formas mais "sofisticadas" de a fazer, com recurso a maquinaria mais sofisticada, normalmente é feita com anestesia geral do doente (o procedimento não é feito "a frio"). Mas é uma técnica muito importante pois tem uma eficácia muito significativa para algumas patologias. Em alguns países esta técnica está a ser amplamente recuperada, no sentido de tratar algumas situações de elevada gravidade. E para mostrar o quanto inócua pode ser, por exemplos nas depressões muito graves em mulheres grávidas, é considerada, ainda hoje, uma técnica mais inócua do que os medicamentos (os medicamentos poderiam ter um efeito indesejado no feto).

7 - Considera o internamento neste hospital psiquiátrico acessível a todas as camadas sociais?

Dr.: Acho que sim. Poso falar do nosso serviço: nós internamos aqui desde gente com o rendimento mínimo a gente licenciada. Não há qualquer tipo de limitação. Como puderam ver, as condições de hotelaria não são as melhores. Ainda estamos a aguardar que se concretize a nossa mudança para novas instalações lá em baixo no hospital de Viseu mas o acesso ao internamento é feito quer por consulta externa daqui que, por sua vez, as pessoas têm acesso através do pedido de consulta com o médico de família e é feito através de um serviço de urgência lá em baixo, onde há um psiquiatra diariamente, a maior parte do dia, das 8 da manhã às 24 horas. Só durante o período das 24 às 8 horas é que não temos consulta de psiquiatria.

8 - Qual a intervenção da família na recuperação e acompanhamento dos doentes?

Dr.: É fundamental. Há muitas patologias que, para além do apoio que a família pode e deve dar ao doente, em que nos precisamos a família como aliado terapêutico. Caso contrário, é um sarilho porque em muitas patologias o doente não tem a noção clara da doença e se houver uma má adesão à medicação, quem nos pode dar informações sobre uma recaída no quadro são os familiares. Aliás, em relação às doenças psicóticas, nomeadamente às esquizofrenias, há outro aspecto importante para além do apoio. Se tivermos dois doentes com a mesma patologia, tal e qual, com a mesma medicação, a priori era de esperar que estes dois doentes evoluíssem de forma igual. O facto é que nem sempre assim acontece. E mais, nalguns casos um doente evolui muito bem e noutros casos o doente evolui muito mal e com reincidências, com reinternamentos e a diferença entre um e outro caso pode estar numa disfunção junto da família que se prende com algo chamado "comoções praxis". Isto é, se temos um doente grave com uma família com alta expressividade emocional (se assim podemos dizer) em que facilmente há conflito em relação a alguns comportamentos do doente a probabilidade de este doente recair será maior. Portanto, a família, para além de ser um elo para apoio, é também, em alguns casos, alguém que tem que ser trabalhado, ou seja, que tem de participar activamente no sentido de saber lidar com a doença e com o doente. Isto é muito importante para o prognóstico da doença.

9 - Considera os apoios por parte do Estado suficientes?

Dr.: Os apoios financeiros para a saúde mental em Portugal foram, até há bem pouco tempo e têm sido, relativamente limitados em comparação com outros países. Mais: assimétricos, isto é, nós, aqui, temos de dar resposta á população do distrito de Viseu e que rondará os 450 mil habitantes, com os recursos que temos, e temos outras áreas menos rurais, como o Porto, Lisboa e Coimbra, que têm recursos muito superiores para a população a que servem. Além de haver um baixo financiamento para a área da saúde mental, em proporção com o gasto geral na saúde, há ainda no "bolo" que vai para a saúde mental, alguma dificuldade em que seja equitativa em relação às necessidades essenciais. Embora as coisas estejam a mudar e tem havido do ponto de vista político uma tentativa de alterar claramente este estado. Mudou muito nos últimos anos, mas continua a haver alguma limitação. Mas está a evoluir para melhor.

10 - Têm tido sucesso no tratamento dos pacientes? É frequente haver reincidências?

Dr.: Penso que temos tido sucesso no tratamento, em geral, dos doentes. Hoje em dia, como disse, a capacidade de meios que temos para tratar as diversas patologias que temos que abordar permitem-nos ter um maior nível de eficácia na sua abordagem. É frequente haver recaídas. Há doenças que, pela sua evolução natural, existe recorrência. Apesar de um paciente estar medicado, cumprir os planos terapêuticos determinados e ter apoio, não significa que não possa haver um novo episódio. O facto é que o número de recorrências dos episódios, sobretudo os doentes psicóticos, é muito menor se tivermos um bom acompanhamento clínico, uma boa adesão à terapêutica, boa retaguarda familiar e, nos casos em que isto não é tão possível, nós temos um serviço de apoio domiciliário (como vocês viram lá em baixo), que neste momento tem, mais ou menos, 600 utentes que são visitados mensalmente. São utentes mais difíceis em termos de adesão à medicação, em termos de inserção social ou em termos de apoio familiar e, portanto, há equipas que se deslocam mensalmente a casa desses doentes, quer para supervisionar a medicação quer para, em alguns casos, dar um determinado tipo de medicação que é feita de forma injectável, intramuscular, e que garante uma maior estabilidade do doente ao longo de um período relativamente prolongado, porque são medicações que têm, normalmente uma duração de cerca de um mês e, logo, temos a garantia de que, mesmo que não faça bem a medicação oral, essa medicação está feita e, portanto, o risco de descompensação não é tão grande.

11 - Em termos de condições técnicas e humanas, considera que estas instalações apresentam qualidade e espaço suficiente para o fim a que se destinam?

Dr.: Em termos de espaço não temos razão de queixa. Quanto a esse aspecto estão bem. Quanto ao estado de saúde física das instalações, as coisas já não são tão bem assim. É um edifício antigo, com alguns problemas daquilo que são os aspectos básicos de um edifício antigo, tal como qualquer casa mais antiga, e que nos levantam alguns problemas, nomeadamente na capacidade de termos maior privacidade para os doentes - temos enfermarias de 8 camas, não temos hipótese de termos de 2 ou de 4. Têm vindo a ser feitas algumas obras mas as instalações são aqui um handicap e nos temos um plano, que já decorre de algum tempo a esta parte, em que estamos a tentar avançar para a integração física do apartamento lá em baixo, ou seja, colocar o serviço no hospital e ficar integrado com as outras especialidades médicas. Para além de melhorar as instalações, aumenta a integração dos doentes, diminui o estigma de "ir para Abraveses". É um estigma real. Há ainda outros aspectos que podem parecer trivialidades, mas não são. Por exemplo, o facto de estarmos aqui e precisarmos, por vezes, de um colega de medicina, da cirurgia ou da cardiologia, limita-nos um bocado, enquanto que estando no hospital torna-se muito mais fácil a articulação com outros colegas. Outros aspectos negativos de estarmos aqui é que as urgências funcionam no hospital (lá em baixo) e quando se interna um doente, é preciso pedir transporte, pedir um enfermeiro para transferir o paciente. Uma situação médica que surja aqui fora de horas é mais complexa do que estar no hospital, porque há sempre a equipa médica de urgência. Existe um conjunto de aspectos não justificam que no século XXI a psiquiatria esteja fora do espaço físico do hospital ao qual pertence.
Penso que de recursos humanos, temos um serviço que começa a ser capaz de dar resposta. A grande lacuna, para mim, é o espaço físico que neste momento não é competente para as exigências.

12 - Aproximadamente, quantas pessoas (enfermeiros, médicos, etc.) trabalham aqui?

Dr.: São umas contas de cabeça difíceis de fazer mas, aproximadamente, neste momento, temos 11 psiquiatras (de adultos), 2 psiquiatras infantis, temos 2 psicólogas, uma terapeuta ocupacional (com a qual falaram há bocado), 5 ou 6 funcionários administrativos e 2 auxiliares enfermeiros, portanto são na ordem dos 30 e tal 40 auxiliares e enfermeiros.

13 - Os doentes tratados neste hospital são provenientes de alguma área específica do distrito?

Dr.: Em princípio não. Obviamente que os doentes da cidade de Viseu, pela facilidade de acesso que têm aqui, são os doentes que predominam na consulta, também porque a população de Viseu, de acordo com os Censos de 2001, é de cerca de 90 mil habitantes e, portanto, será a área que mais doentes fornece. No entanto, temos utentes de todo o distrito, desde S. João da Pesqueira a Carregal do Sal, do extremo norte ao extremo sul do distrito de Viseu.

14 - Poderia dizer-nos, aproximadamente, quantos doentes do concelho de Lamego se encontram em tratamento actualmente?

Dr.: Não tenho esses dados. Posso-lhe dar uns dados mais antigos, penso que extrapolados para agora não serão muito diferentes. Há alguns anos atrás, tivemos do concelho de Lamego, num ano, 24 doentes internados e 221 em consulta de psiquiatria de adultos. Isto pode dar um pouco uma ideia relativa dos doentes do concelho de Lamego. Dados concretos, não tenho disponíveis de momento.



Alguma conclusão?

Dr.: Podia afirmar que a saúde mental, neste momento, no distrito de Viseu, na minha opinião, tem um serviço que funciona relativamente bem, vai tendo uma afectação de recursos humanos capaz de dar respostas cada vez mais diferenciadas. Portanto, este departamento, de momento funciona assim de grosso modo, depois leva um organigrama que funciona como uma área de consulta externa diária, tem uma acessibilidade à consulta relativamente rápida, embora varie um pouco de sector para sector. Há sectores responsáveis por determinadas áreas. Posso-vos dizer que a consulta externa de Lamego não tem uma lista de espera significativa, é bastante rápida. Temos um internamento que funciona razoavelmente. Temos uma unidade de internamento, que também visitaram, que tem uma lotação de até 10 utentes, os quais são internados pela manhã e regressam a casa por parte da tarde. Temos um serviço comunitário que tem 600 doentes que são visitados mensalmente por uma equipe em ambulatório. As urgências funcionam no Hospital Distrital, do qual fazemos parte, com atendimento das 8 da manhã às 24 da noite, excepto aos Sábados, Domingos e feriados, nos quais funcionam das 8h às 20h. Temos várias consultas de articulação, como consultas de sexologia, da diabetes, de fisiatria. Estamos a tentar implementar algo mais, já temos em projecto de equipes de assistência, aquilo que nos chamamos de surtos de psicótico, que actua especificamente em casos de surtos psicóticos para que as recaídas não aconteçam. Cada recorrência é um andar para trás significativo na vida e na capacidade de desempenho deste indivíduo. Se tiver um surto, que não tenha outro e se tiver uma equipe que funcione bem em termos de integração social, profissional, colocação laboral, resolução dos problemas de adaptação aos meios onde estiverem inseridos, a probabilidade de sucesso deste indivíduo em termos de autonomia futura é muito significativa. É algo em que ainda precisamos de trabalhar mas as coisas também têm de ter os seus tempos.

Aqui no hospital têm muitas pessoas internadas compulsivamente?

Dr.: Sim, muitas. Penso que na última reunião se falou de 3 doentes internados compulsivamente.
De há alguns anos a esta parte, foi publicada uma lei que se chama a Lei de Saúde Mental e que rege a legalidade dos internamentos em psiquiatria. Assim, para que uma pessoa seja aqui internada, pode estar bastante doente, alguém cujos problemas não estão a ser resolvidos só com ambulatório e carece de internamento para fazer um certo tipo de tratamento. Como é preciso interná-lo, o doente aceita, assina um termo de responsabilidade e consentimento e faz o seu tratamento. Nalgumas doenças, normalmente nas psicóticas - chamamos de doenças psicóticas àquelas em que as pessoas perdem o sentido da realidade - as pessoas têm alterações de comportamento graves que, muitas vezes, põem em risco a vida delas e de terceiros ou põem em risco bens materiais, partindo coisas ou perturbando a ordem pública, por exemplo. Nestas doenças, os doentes, quando estão descompensados com uma situação destas e que carecem de tratamento e estas alterações são claramente fruto da doença, podem ser internados, mesmo que o doente não queira, de contra-vontade. São internados compulsivamente, ao abrigo da Lei de Saúde Mental. Isto é, ou já porque informei as autoridades, nomeadamente, o Delegado de Saúde e o Ministério Público, que comunicaram ao juiz que um indivíduo tem uma patologia com aquelas alterações e eles, então, pedem uma avaliação nossa (nós decidimos se há motivos para ser internado ou não), ou mesmo nós, perante um doente destes na urgência decidimos interná-lo compulsivamente.
O doente é internado de contra-vontade e nós temos de, imediatamente, desencadear um conjunto de procedimentos previstos na Lei, dos quais o mais imediato é notificar o Tribunal da Comarca de Viseu que dessa doença decorrem riscos, de acordo com os que nos permitem internar através da lei (normalmente isto é enviado por fax) e o juiz tem 48 horas para tomar uma decisão. Essa decisão poderá concordar com o médico ou não concordar.
A diferença entre o internamento voluntário e o internamento compulsivo é apenas esta: se porventura o doente se ausentar do serviço (porque isto não é uma prisão, as pessoas vêm para aqui para serem tratadas) há a possibilidade imediata de perante as autoridades o retorno ao internamento. O doente não tem direito de pedir alta; têm todos os direitos de cidadão menos ter alta. E nalguns casos de doentes mais complicados pode-se transitar este regime, com umas transmitações legais depois, para tratamento compulsivo em ambulatório. O doente vai para ambulatório mas mantendo a obrigatoriedade do tratamento e se não cumprir essa obrigatoriedade retoma o internamento. Isto, claro que tem muita transmitação, isto é, depois há mais psiquiatras que têm de fazer uma avaliação passados x dias, têm que dar uma parecer ao juiz para dizer se "sim senhor, continua a necessitar de tratamento", ele tem imediatamente um advogado nomeado para tratar dos seus direitos. Isto não É pegar num indivíduo e simplesmente interná-lo, Há um conjunto de procedimentos que obriga a que defesa do cidadão, que está doente, seja mantida nos seus direitos.
Isto é, grosso modo, o internamento compulsivo. Veio-nos a dar mais trabalho mas veio clarificar muitas situações de dificuldade em tratar de antigamente. Às vezes um doente precisava deste tratamento, nós notificávamos o tribunal, tinha de decorrer um processo judicial muito prolongado e, quando o juiz dizia que o doente deveria ser internado, já ele estava bom e já não precisava de ser internado.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Alzheimer

A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência. Esta doença degenerativa, sem cura e terminal foi primeiramente descrita pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, em 1906.
A causa desta doença prende-se com a acumulação de uma proteína (amilóide) na periferia das células.
O diagnóstico da doença pode ser feito a partir de testes cognitivos e de neuroimagens, como a ressonância magnética e a TAC.
Estima-se que cerca de 26,6 milhões de pessoas no mundo tenham Alzheimer.
As primeiras manifestações da doença são, muitas vezes, falsamente relacionadas com a idade ou o stress.
Os sintomas mais comuns são a perda de memória a curto prazo, dificuldades a nível da fala e de movimentos e alterações bruscas de humor.
Em fases mais avançadas da doença, o paciente perde frequentemente a noção do tempo e do espaço e fica completamente dependente de um tratador, o que acaba por o levar à depressão.

Doenças da Quinzena - ALZHEIMER

A nova cartolina da Doença da Quinzena já está exposta.
A doença desta quinzena é o Alzheimer.
Pedimos a todos que dispensem um pouco do seu tempo quando passarem pelo 1º piso para darem uma espreitadela à doença desta quinzena.
Não se esqueçam de avaliar o nosso trabalho de 1 a 5 e inserir a vossa avaliação na caixa de cartolina azul, que está à direita da Doença da Quinzena.
Obrigada.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Esquizofrenia

A esquizofrenia é uma doença do foro psiquiátrico que tem como sintomas alterações do pensamento, delírios e anomalias na percepção ou expressão da realidade, afectando, assim, o comportamento e as emoções do indivíduo. No entanto, os sintomas podem variar de indivíduo para indivíduo.

Pensa-se que a origem desta doença tenha várias causas. Existem várias teorias que tentam explicar o seu aparecimento.
Os sintomas desta doença são divididos em duas categorias: positivos (”capacidades” acrescentadas às funções normais do indivíduo, como por exemplo alucinações e pensamentos irreais) e negativos (perda ou diminuição de capacidades mentais).

Existem vários tipos de esquizofrenia, com maior ou menor predomínio de sintomas positivos ou negativos.
O tratamento pode ser feito recorrendo a antipsicóticos.

Segundo estudos recentes, o gene que se pensa estar relacionado com a uma inteligência acima da média está também relacionado com a origem da esquizofrenia. Isto pode explicar por que tantos génios famosos foram diagnosticados com esquizofrenia (por exemplo, John Nash, Van Gogh, …).

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Doença da Quinzena - ESQUIZOFRENIA

A partir de hoje, colocaremos de 15 em 15 dias, no 1º piso da nossa escola, uma cartolina acerca de uma doença do foro psiquiátrico.
A doença desta quinzena é a Esquizofrenia.
Pedimos a todos que dispensem um pouco do seu tempo quando passarem pelo 1º piso para darem uma espreitadela à doença desta quinzena.
Foi colocada uma pequena caixa de cartolina ao lado da Doença da Quinzena, na qual poderão inserir um pedaço de papel para que possam avaliar esta actividade de 1 a 5.
Obrigada.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

John Nash

John Nash nasceu a 13 de Junho de 1928 em Bluefield, West Virginia, nos Estados Unidos.
Nash começou a mostrar sinais de esquizofrenia em 1958, quando ainda estudava.
Esteve internado no Hospital McLean em 1959, quando lhe foi diagnosticada esquizofrenia paranóica e depressão com baixa auto-estima.
Esteve internado em variados hospitais psiquiátricos até 1970, onde passou por tratamentos que utilizavam Eletroconvulsoterapia e medicamentos antipsicóticos.
A patir de 1970, decidiu, por iniciativa própria, nunca mais tomar medicação antipsicótica. Apesar deste facto, com o passar do tempo, o seu estado tem vindo a sofrer uma recuperação gradativa.
Em 1978, foi-lhe atribuído o Prémio “John von Neumann Theory Prize”, em 1999, o “Leroy P. Steele Prize” e, em 1994, o Prémio Nobel da Economia, pelas suas descobertas no âmbito da Matemática e Ciências Económicas.

Actualmente, trabalha no Departamento de Matemática da Universidade de Princeton.

Existe um filme, “Uma Mente Brilhante” (“A Beautiful Mind”), que retrata a sua vida até ao momento em que ganhou o Prémio Nobel.

Celebidade do Mês - JOHN NASH

A partir de hoje, colocaremos mensalmente, no 1º piso da nossa escola, uma cartolina acerca de uma pessoa famosa que sofre ou sofreu de uma doença do foro psiquiátrico.

A Celebridade deste mês é o matemático John Nash.

Pedimos a todos que dispensem um pouco do seu tempo quando passarem pelo 1º piso para darem uma espreitadela à celebridade deste mês.

A partir de 2ª feira será colocada uma pequena caixa de cartolina ao lado da Celebridade do Mês, na qual poderão inserir um pedaço de papel para que possam avaliar esta actividade de 1 a 5.
Obrigada.

Visita ao Hospital Psiquiátrico de Viseu, dia 15 de Janeiro de 2009

Ontem, 4 elementos do nosso grupo, deslocaram-se ao Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital de São Teotónio, em Viseu, com o objectivo de observar as instalações e recolher informações relacionadas com o nosso tema junto do Sr. Dr. Jorge Humberto, Director do referido Departamento.
Recolhemos vídeos e várias fotos do Hospital Psiquiátrico, de entre as quais seleccionámos apenas algumas para publicarmos aqui no nosso blog.
Realizámos também uma entrevista ao Sr. Director, a qual publicaremos no blog mais tarde.
Estamos muito gratos ao Departamento por nos ter recebido e, especialmente, ao Sr. Dr. Jorge Humberto pelo seu tempo e disponibilidade em nos receber e responder às nossas perguntas.